Vertical de
Tratamento da E S C O L I O S E
Meu filho(a) tem escoliose. E agora?
Olá! Eu sou a Isis Navarro, diretora técnica da Vertical de Escoliose da Clínica Linear e dedico a minha vida ao estudo e tratamento não-cirúrgico da escoliose. Minha primeira mensagem para você é CALMA! Agora que você já chegou aqui terá acesso a muitas informações e acolhimento.
Mas vamos ao que interessa e quem tem tirado o seu sono após as inúmeras buscas na internet que você já deve ter feito, seu filho tem ESCOLIOSE e agora?
Sou mãe de dois filhos e entendo o impacto emocional que o diagnóstico de uma doença pode gerar. Infelizmente a notícia que vou te dar não é boa. A maioria das escolioses são PROGRESSIVAS e quando não tratadas corretamente e no tempo certo podem evoluir para a necessidade de uma cirurgia de grande porte na coluna que, lamentavelmente, trará algumas limitações.
Caso você ainda não saiba a Escoliose é silenciosa e é uma das deformidades mais comuns da coluna vertebral, tendo como característica principal a inclinação para um dos lados. No entanto, esse é apenas um dos indicativos do problema, que provoca, também, uma rotação e uma retificação da coluna - perda das curvaturas fisiológicas cifose e lordose.
Embora existam outros tipos de escoliose, a mais comum é a idiopática, ou seja, que não tem causas conhecidas. Só ela corresponde a cerca de 80% dos casos, normalmente diagnosticados ao redor dos 14 anos.
Quando estamos diante de uma escoliose, vemos uma coluna que se inclina para um dos lados, que está torcida ao redor do seu eixo e que frequentemente apresenta uma retificação quando vista de perfil.
A escoliose pode ser classificada de acordo com a idade do paciente, o tamanho e a localização da curva. A classificação cronológica da escoliose é determinada com base na idade em que é feito o diagnóstico, de 0 a 2 anos (infantil), de 3 a 9 anos (juvenil), de 10 a 17 anos (adolescente) e acima de 18 anos (adulto). A classificação angular é determinada pelo tamanho da curva medido em graus (Cobb) no exame de Raios-X, onde curvas de até 20° são consideradas leves, entre 20° e 40° moderadas e acima de 40°severas. A classificação topográfica diz respeito a região da coluna vertebral onde a curva está localizada, podendo ser na região cervical, cervico-torácica, torácica, toracolombar ou lombar. Vale lembrar que é possível ter mais de uma curva, a famosa escoliose em “S”, onde vemos uma curva na região torácica e outra na região lombar. Nestes casos chamamos a curva maior de curva principal e a curva menor de compensatória.
A prevalência de escoliose na população é de 3%, sendo mais comum nas meninas. A proporção de meninas e meninos afetados pela escoliose pode chegar até 7 meninas para cada menino quando as curvas medem entre 30° e 50°.
Sabe-se que a escoliose é uma doença familiar, tendo componentes genéticos, por isso se há algum caso diagnosticado na família é importante estar atento, pois a chance de ocorrerem outros é grande, ainda que em severidades diferentes. A escoliose idiopática geralmente acontece durante o crescimento e se agrava nos períodos de crescimento acelerado ou nos chamados “estirões de crescimento”. É justamente por isso que a maior parte dos diagnósticos são feitos entre 11 e 15 anos de idade.
Agora que já sei mais sobre a Escoliose, quero conhecer sobre o trabalho da Clínica Linear
Agora que já conheço melhor a Escoliose, quero agendar uma avaliação na Clínica Linear.
Como tratar?
O tratamento vai depender da severidade da curvatura, que é medida em graus e de parâmetros clínicos. Pode-se recomendar desde tratamento conservador, com exercícios fisioterapêuticos específicos para escoliose (EFEE), até o uso de coletes e cirurgia. Atualmente existem sete métodos ou abordagens de EFEE que possuem evidência científica no tratamento da escoliose idiopática. Portanto, é fundamental buscar um especialista na área para fazer uma avaliação preliminar e para conduzir o tratamento.
O que não trata escoliose?
Existem muitos mitos a respeito da natação ou do RPG, por exemplo, como formas de tratamento para escoliose. Porém, embora muito difundidas, essas modalidades assim como o pilates e outros esportes, não possuem evidências científicas no tratamento da deformidade, podendo ser realizadas como um complemento ao tratamento específico.
Abaixo alguns vídeos sobre Escoliose. Não se assuste, caso sejam muito técnicos. Compartilho apenas para complementar o que já foi dito e aprofundar o assunto, para aqueles que tiverem curiosidade. Isso faz parte da Educação em Saúde e já é o primeiro passo do tratamento.